Uma capoeira de mata atlântica vingou no topo do prédio da Gazeta
25/04/15 17:53Que tal se os telhados verdes que a prefeitura quer incentivar por meio da Lei de Zoneamento (atualmente em processo de revisão) pudessem imitar um pequeno ecossistema de espécies nativas da cidade de São Paulo?
Apesar da limitada espessura de “solo” que é possível ter em cima de uma laje, o botânico Ricardo Cardim conseguiu recriar um pequena capoeira de mata atlântica, com direito a árvores de três metros de altura, no topo de um edifício na avenida paulista.
A façanha é inédita, segundo Cardim, que estuda experiências com tetos verdes aqui e fora do Brasil há oito anos. A ideia veio de uma visita ao morro do Corcovado, no Rio, quando o botânico notou que um pequeno trecho desse tipo de mata havia se formado em uma fina camada de terra sobre a laje de pedra do cartão postal carioca.
No começo do ano passado, em um solo de apenas 15 cm de profundidade criado no alto do edifício da Gazeta, na avenida Paulista, ele plantou espécies como angico-branco, araçá, jacarandá paulista.
Agora, há uma pequena capoeira de cerca de 100 árvores em meio aos edifícios da avenida mais conhecida da cidade.
Além de benefícios como retenção de água de chuva, diminuição da temperatura local e melhoria do ar, um teto com espécies nativas colabora com a preservação de espécies tanto da flora quanto da fauna da cidade.