Fluxo de ciclistas aumentou 53% na av. Eliseu de Almeida após ciclovia
16/09/14 10:29Um dos argumentos mais comuns contra as novas ciclovias é que elas estão vazias. Mas quem aposta nas vias exclusivas para bicicletas acredita que, havendo segurança, aos poucos os paulistanos passarão a pedalar mais e a deixar o carro em casa para trajetos curtos.
Ainda é cedo para saber o que vai acontecer. Eu faço parte da segunda turma, e achei animador o resultado de uma recente contagem de ciclistas, feita em 9 de setembro deste ano na avenida Eliseu de Almeida, no Butantã (zona sul), pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo).
Em comparação com a última contagem, de 13 de agosto de 2012, houve um salto de 53% no fluxo de bicicletas, de 580 para 888 ciclistas (entre as 6h e as 20h).
A diferença entre uma e outra medição foi a implantação de uma ciclovia ali, em março de 2013. Mas há ainda que se lidar com a hipótese de que uso de bicicleta cresce independente da chegada da estrutura cicloviária.
Nesse caso, uma contagem mais antiga ajuda a tirar a dúvida. Em 31 de agosto de 2010, a Ciclocidade detectou a passagem de 561 ciclistas na Eliseu (contra os 580 de 2012). Ou seja, quase não houve aumento entre as duas medições feitas antes da chegada da faixa vermelha ali.
A ciclovia da Eliseu de Almeida estava havia quase dez anos no papel e no topo das reivindicações de cicloativistas.
O trecho inaugurado no ano passado tem 2,1 km, e é apenas uma parte do projeto de conexão entre a estação Butantã do Metrô e o município de Taboão da Serra (Grande SP), passando pela avenida Pirajussara.
A rota sempre foi usada por ciclistas que se deslocam de Taboão até o centro expandido de São Paulo para trabalhar. Em fevereiro de 2013, um ciclista morreu atropelado por um caminhão na Pirajussara. Outra morte já havia ocorrido em 2012 na mesma via. Ambas foram seguidas por protestos.
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