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Prédios e pessoas na metrópole paulistana

Perfil Vanessa Correa é jornalista especializada em arquitetura e urbanismo

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Cinco igrejas paulistanas modernas

Por Vanessa Correa
28/05/14 10:39

Foi numa paróquia da região central de São Paulo que os haitianos “despachados” do Acre receberam abrigo e acolhida. Se você acompanhou essa notícia, é provável que tenha visto como pano de fundo das fotos um templo de tijolos com grandes arcos na fachada: a igreja Nossa Senhora da Paz.

A igreja foi inaugurada no bairro da Liberdade em 1946, após oito anos em construção. Sua função era justamente receber imigrantes: naquela época, os que vinham da Itália. Hoje, além dos haitianos, a Nossa Senhora da Paz acolhe comunidades diversas, como a dos bolivianos (veja abaixo fotos da festa típica de Nossa Senhora de Copacabana).

Igreja Nossa Senhora da Paz

As igrejas de então seguiam geralmente a linha neogótica, a exemplo da Catedral da Sé, projetada em 1913 e inaugurada em 1954. Mas o pintor Fulvio Pennacchi e o arquiteto Leopoldo Pettini conceberam para aquela paróquia da Liberdade uma igreja moderna, racional, apesar de concessões a elementos históricos, como os arcos de seu pórtico.

“O arquiteto Leopoldo Pettini demonstrou erudição ao estabelecer um diálogo consistente com a tradição italiana e, ao mesmo tempo, ser moderno por não imitá-la”, diz Flávia Rudge Ramos, professora do Mackenzie, que estudou o templo em sua dissertação de mestrado.

As linhas simples do projeto geraram a princípio grande resistência entre os clérigos e a sociedade, afirma Flávia. Mas depois suas qualidades arquitetônicas foram reconhecidas até pelo Vaticano.

O projeto apareceu em uma publicação da Santa Sé de 1946 intitulada “Arte Sacra Contemporânea no Brasil”. Também foi levado à Exposição Internacional de Arte Sacra do Primeiro Ano Santo em Roma, em 1950.

Para se ter uma ideia de quão inovador foi o projeto, explica Flávia, a famosa igreja de Nossa Senhora do Brasil, nos Jardins, foi construída na mesma época que a Nossa Senhora da Paz. Mas a arquitetura daquela, copiando um templo mineiro colonial, gerou críticas duras do modernista Menotti Del Picchia, que a considerou retrógrada em comparação à igreja moderna que havia sido erguida na Liberdade.

Mesmo assim, pelas concessões feitas a elementos históricos (o que viria depois a ser uma característica adotada no pós-modernismo arquitetônico), a construção da Nossa Senhora da Paz não alcançou grande repercussão entre arquitetos e críticos de arquitetura brasileiros da época, diz Flávia, que a considera a primeira igreja moderna da cidade.

Veja abaixo quatro templos católicos modernos construídos depois da Nossa Senhora da Paz que se tornaram bem mais conhecidos do que ela. A data que aparece entre parênteses nas legendas é a do projeto, e não a da construção.

Igreja de São Domingos

Igreja da Vila Madalena

Igreja de São Bonifácio

Igreja da Cruz Torta

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