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Seres Urbanos

Prédios e pessoas na metrópole paulistana

Perfil Vanessa Correa é jornalista especializada em arquitetura e urbanismo

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Para que visitar o mirante do 'Banespa' quando se tem o Martinelli?

Por Vanessa Correa
11/03/14 08:50

Contam-se nos dedos os mirantes no centro antigo de São Paulo. Os gratuitos e abertos ao público, em dois dedos: o dos prédios Martinelli e Altino Arantes (o antigo Banespa), vizinhos na praça Antônio Prado.

Se quiser apreciar a vista e filosofar sobre a transformação dos Campos de Piratininga em selva de pedra, fique com a primeira opção.

A menos que faça questão absoluta de estar o mais alto possível (o Altino tem 60 metros a mais que o Martinelli) e não se importe em amargar quase uma hora em pé para espiar por míseros cinco minutos a cidade de cima (dá menos de um minuto e meio por ponto cardeal!).

Mirante do Altino Arantes

Eu já tinha ouvido reclamações, e decidi confirmar pessoalmente se era mesmo uma furada a visita à  “torre do Banespa”, que foi comprado pelo espanhol Santander em 2000.

Na entrada, ao pegar uma pequena fila para me cadastrar no passeio, recebo um panfleto plastificado que deixa claro: o “percurso” até o mirante tem cerca de 35 minutos, e a permanência, cinco.

Sem senhas para marcar a ordem de chegada, os turistas ficam em pé na fila, apesar dos bancos e cadeiras do saguão.

A primeira espera dura 20 minutos, e meu grupo de cinco pessoas é levado ao 24º andar, onde espera o mesmo tanto, em pé, em um corredor.

Finalmente é hora de subir até o 32º e os três andares de escada que nos separam do topo. Cinco minutos na antessala do mirante e meu grupo é chamado.

Afinal, a vista! No estreito corredor ao redor da cúpula, deu tempo só para tirar meia dúzia de fotos e identificar a Serra da Cantareira, o Mercadão, a praça da Sé, o parque Dom Pedro e a turma de turistas que passeava a larga no terraço de mais de mil metros quadrados do edifício Martinelli.

Lá eles podem arranhar o céu por toda eternidade, em um passeio que dura no mínimo (eu disse no mínimo) 20 minutos. Fitam longamente a vista, param para conversar, trocam impressões, alheios à frustração de seus semelhantes.

Falando sério

Tudo bem que o mirante é minúsculo e a procura é alta. Mas a visitação tem só cinco horas diárias, e não é feita aos fins de semana. E o que custa (para um banco!) colocar umas cadeiras no 24º andar?

Melhor ainda: parte da longa espera poderia ser muito bem aproveitada na visita ao mobiliário do extinto Banespa e ao cofre do subsolo, onde já esteve guardada a fortuna dos antigos barões do café. Ambos foram tombados pelo governo do Estado em 2011, junto com a fachada do edifício e cinco de seus andares, mas não fazem parte do passeio.

Segundo a assessoria do Santander, o banco trabalha em algumas “ideias” para o Altino, hoje pouco ocupado após a mudança da sede do banco para o complexo que fica junto ao Shopping JK, na zona oeste. Mas não diz mais, apenas que nada é certo ainda.

 

Serviço dos mirantes

Edifício Altino Arantes. Praça Antônio Prado, 6, centro. De seg. à sex., das 10h às  15h. Altura: 161 metros.

Edifício Martinelli. Avenida São João, 35, centro. De seg. à sex., das 9h30 às 11h30 e das 14h às 16h. Aos sábados, das 9h às 15h. E, desde o ano passado, aos domingos também: das 9h às 13h, aproveitando o público da ciclofaixa de lazer. Altura: 106 metros.

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